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Arquiteto, engenheiro, mestre de obras – Saiba o papel de cada um na sua obra

Hoje gostaria de começar com  um depoimento pessoal:

– Outro dia um cliente dispensou um  serviço de projeto sob o argumento de que o pedreiro mesmo ia “desenhar” a reforma. Me deparei frente a um acontecimento bem comum na sociedade e resolvi esclarecer alguns pontos importantes que todos que pretendem construir e reformar precisam compreender.

Em qualquer tipo de obra, estão envolvidos diversos profissionais cuja função é complementar o serviço do outro. Desta forma, Arquiteto, Engenheiro, Mestre de Obras, pedreiros, assentadores de piso, pintores, etc; todos são diversos personagens que se complementam durante o processo de construção e materialização da edificação.

O caso que descrevi é muito comum porém profissionais que exercem funções que não são suas além de ilegal pode acarretar prejuízos altíssimos para quem está construindo. Muitas pessoas acreditam que contratar um arquiteto sai muito caro e que “arquiteto á coisa de rico”,  hoje quero desmitificar essas questões, afinal todos estes personagens são essenciais para a obra e a sua contratação não vai encarecê-la.

O que faz um arquiteto?

Os arquitetos auxiliam nas escolhas de forma a apresentar as melhores soluções para a obra de acordo com o montante que o cliente pode gastar, ele é também o personagem responsável por fazer projetos de arquitetura, urbanismo, interiores, paisagismo e restauração de patrimônio histórico cultural.

Seu trabalho é composto por vários estudos de acordo com a singularidade de cada projeto.  Sua função é realizar uma proposta de acordo com os costumes/interesses de seu cliente e adequá-lo de forma que o espaço seja agradável, salubre, ventilado, ou seja, confortável. Além de todas estas questões, a questão estética também é levada em conta. A casa própria é para muitos, a realização de um sonho, portanto, o projeto deve ser elaborado com a participação do cliente para que o resultado seja satisfatório.

Ter um projeto em mãos antes de construir é o fator mais importante para se estimar o valor que será gasto até o final da obra, ele possibilita o planejamento e uma execução sem desperdícios. Dessa forma, arquiteto não é coisa de rico e nem é um serviço caro que você não pode pagar! Procure por profissionais que você se identifica, voltados para o seu nicho.  🙂

Empreiteiros e mestres de obras

Os empreiteiros e mestres de obras constroem supervisionados por Arquitetos e Urbanistas e Engenheiros, eles não projetam, eles trabalham diretamente com a execução.

O trabalho do engenheiro

O engenheiro, assim como o arquiteto, também pode acompanhar a execução da obra;  seu papel fundamental é o dimensionamento estrutural, dessa forma, ele realiza o projeto estrutural da edificação. Ele também é responsável pelo dimensionamento nos projetos hidrossanitários e elétricos, para isso existem vários tipos de engenheiro, civil, elétrico, etc.

Um engenheiro civil também trabalha com obras urbanas, pontes, viadutos, barragens, estradas, etc.

Entender a diferença entre estes profissionais é compreender que ao colocar uma construção em prática, cada profissional deverá ser consultado em cada momento específico. O primeiro passo é o projeto, sendo assim, procure um arquiteto.

A conscientização dos diversos papéis em uma obra é essencial para um bom resultado. É preciso entender que para cada função há um responsável e isso não fará com que sua obra seja mais cara ou complicada, pelo contrário, o auxílio profissional é o melhor caminho para uma obra bem executada.

Agora que você já conhece as funções destes profissionais, procure alguém da sua confiança para auxiliar na materialização do seu sonho e tenha a certeza que sua obra não sairá mais cara por conta disso.

Quer saber um pouquinho mais?

O Sindicato dos Arquitetos no Estado do Rio Grande do Sul (SAERGS) e a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas – FNA disponibilizam a cartilha Contrate um Arquiteto e Urbanista pela internet.

O download pode ser realizado através deste LINK.

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Confira também este post aqui sobre por onde deve começar a sua obra.

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Até a próxima!

 

 

 

Mais notícias

“Cada casa, um lar”, acompanhe esse projeto

É com grande entusiasmo que apresentamos esse projeto, uma iniciativa reforçada pelo CAU/MG conforme edital de chamado público N.º 002/2023, modalidade assistência técnica para habitações de interesse social “Moradia digna, um direito seu”.Proposta pelo Projeto Social CAC e pela arquiteta Amanda de Almeida Carvalho, com execução da equipe dos Arquitetas Nômades, o projeto visa atender famílias de baixa renda afetadas por desastres causados ​​pelas chuvas, pela COVID-19 e outras vulnerabilidades, incluindo idosos, pessoas com deficiência , acamados, gestantes, crianças pequenas, vítimas de violência e famílias sem fonte de renda. Arquitetos e estudantes interessados ​​no ATHIS foram convidados a participar das atividades e da capacitação de gestores públicos em Santa Cruz de Minas e São João Del Rei, juntamente com a equipe do CAC e das Arquitetas Nômades, com o objetivo de promover moradias dignas e seguras para todos. Inscrições e participação A divulgação do projeto para comunidade de estudantes e arquitetos foi realizada por meio de nossas redes sociais, ficando aberta de setembro de 2023 a abril de 2024. Os 12 inscritos, entre alunos e profissionais de arquitetura participaram de várias etapas desde visitas, elaboração do projeto , acompanhamento execução da obra e oficina de capacitação.  Veja abaixo um dos projetos desenvolvidos por uma das arquitetas escritas 🏡💫 Oficinas  Os escritórios são um espaço onde estudantes, arquitetos e moradores se unem para aprender o ofício juntos, colocando literalmente as mãos na massa sob orientação de profissionais. Foram realizados escritórios de telhado, reboco, alvenaria e pintura. Confira algumas delas abaixo: Clique nas imagens abaixo para assistir aos vídeos 💪🏠 Clique para ver a oficina de reboco com a moradora Soraia A capacitação em ATHIS para gestores e servidores públicos de São João Del Rei e Santa Cruz de Minas a fim de contribuições o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e inclusivas na área de habitação ocorrerá no mês de maio de forma presencial. Clique nas imagens abaixo para assistir aos vídeos

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Ao mesmo tempo, com o declínio do ciclo do ouro e a transformação de São João Del Rei em um entreposto comercial, houve um desenvolvimento urbano que se estendeu para além do núcleo histórico, especialmente nas áreas periféricas. Reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO, Ouro Preto é um retrato da diversidade de regimes de tombamento sob diretrizes diversas que muitas vezes confundem os cidadãos que nela residem. A desigualdade socioeconômica entre os moradores das distintas áreas de proteção adiciona outra camada a este panorama, influenciando diretamente no acesso à informação e nos serviços de adequação residencial. O Crescimento e a Necessidade de Moradia A partir dos anos 1970, São João del Tei começou a receber um fluxo de migrantes das zonas rurais e cidades vizinhas, resultando na formação de periferias como o Bonfim, Guarda-Mor, Senhor dos Montes, São Geraldo, São Dimas, entre outros. Estas áreas, muitas vezes desprovidas de infraestrutura e serviços urbanos adequados, refletem um desafio contemporâneo: como proporcionar moradia digna enquanto se preserva o rico patrimônio cultural e histórico. A cidade, portanto, enfrenta o desafio de equilibrar a preservação do patrimônio com a necessidade de expansão urbana e moradia acessível. As políticas de preservação, como as estabelecidas pelo CMPPC e pelo Plano Diretor, são essenciais para proteger o patrimônio histórico, mas também precisam ser integradas com estratégias para promover o desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo. À sombra da Serra de Ouro Preto, nos bairros a oeste, reside uma população densa e diversa, que encara a precariedade habitacional frente a um cenário de patrimônio cultural rigorosamente protegido. 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Encontros virtuais Em Ouro Preto os encontros preparatórios ocorreram da seguinte forma Em São João del Rei os encontros online tiveras os temas: 1-Abertura do Projeto – apresentação e explicação geral Gestão do Patrimônio Cultural (Convidada : Nathalia Larsen – Presidente do CMPPC)2- Guia dos Bens Edificados e Mapa do Patrimônio (Convidadas: Ana Raposo -antiga Diretora de Cultura e Gerente de Planejamento na Prefeitura de São João del-Rei; Lia Lombardi – diretora da Igarapé Produtora, estando à frente do projeto “Mapa do Patrimônio”)3- Diretrizes do Conselho Municipal de Preservação ao Patrimônio Cultural e aprovação de projetos no IPHAN. (Convidados: Raymara Gama – ETSJ IPHAN; Roberto Miranda – Arquiteto da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de SJDR, cedido ao CMPPC)4- Direito e Patrimônio Cultural (Convidado: Carlos Magno de Souza Paiva- Um dos escritores do Manual para quem vive em casas tombadas) Ficou curioso? Além do link do livro acima conheça um pouco mais das iniciativas que foram referência para esse projeto: Conheça o Mapa do PatrimônioBaixe o Guia de bens Edificados de São João del Rei

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