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Propósitos unidos: Arquitetas Nômades e Habitat para a Humanidade

Famílias de baixa renda auto-constroem suas casas sem planejamento financeiro e técnico, não havendo interesse no mercado em atendê-las e nós oferecemos uma solução completa com assistência técnica, mão de obra, materiais, planejamento e acompanhamento, por meio de reformas residenciais.

Para famílias com condição de arcar com os custos, oferecemos parcelas que cabem no bolso. Já famílias em situação de vulnerabilidade social podem conseguir subsídio completo.

Em tempos normais, as doenças respiratórias já ocupavam o quarto lugar na lista de maiores internações do SUS. 35% das causas estão relacionadas à patologias encontradas na própria residência como infiltração, mofo, umidade, falta de iluminação e ventilação.

Em combate ao COVID, em 2020 começamos a atuar diretamente com as reformas subsidiadas aplicando soluções técnicas para suprir a deficiência do abastecimento de água e solução das patologias relacionadas à insalubridade e periculosidade.

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Nesse modelo de negócio vendemos as reformas à vista para benfeitores sociais e entregamos as reformas para uma família que esteja em graves condições de insalubridade habitacional.

A parceria com a Vivenda e a Habitat para a Humanidade Brasil, coordenadoras da rede de habitações de interesse social no Brasil, facilitou a interação com os diferentes atores do mercado e a implantação de soluções que contribuem para diminuir o déficit habitacional qualitativo no país.

Agindo rápido e de forma articulada, essa “rede do bem” tem apoiado essas famílias de baixa renda de forma emergencial e coletiva, minimizando na medida do possível, um impacto devastador nas comunidades mais vulneráveis.

Reformas para Beneficiários

A reforma é realizada em um cômodo precário da casa de uma família em vulnerabilidade social de acordo com o escopo do patrocinador, seguindo um padrão de economia e reutilização de materiais em bom estado.

O serviço é pago à vista por benfeitores que podem ser pessoa física ou jurídica. Podem participar dessa ação:

● Empresas interessadas no marketing positivo e responsabilidade social;
● ONGs que já tenham em sua proposta a realização desse tipo de serviço;
● Pessoas físicas com interesse em financiar reformas para quem mais precisa, formando o que chamamos de “subsídio coletivo”.

Como acontece a seleção de Beneficiários

O primeiro passo é a realização, pela família interessada, do cadastro no CRAS/ BOLSA FAMÍLIA/ LOAS. É daí que recebemos as indicações daqueles que se enquadrem nos critérios do patrocinador, mediante disponibilidade de recurso.

Com as indicações em mãos, é feito um processo de seleção interno no qual são avaliados critérios como a condição de precariedade do cômodo e a situação socioeconômica desfavorável em que a família se encontra.

Resultados e Conquistas

A atuação da Habitat para a Humanidade Brasil para diminuir os impactos da COVID-19 nas periferias foi reconhecida internacionalmente, recebendo uma menção honrosa do Prêmio 2020 de Direitos Humanos da União Europeia.

Nessa parceria:

● Das 62 cidades cidades impactadas, atuamos em 3, no estado de Minas Gerais;
● Das 291 comunidades, somos responsáveis pelo impacto em 10;
● Das 70 obras de melhorias habitacionais, fizemos uma em 2020, e 7 em 2021;
● Das 404 pias comunitárias instalamos 18, sendo 12 em 2020.

#UmaMãoLavaOutra – As Ecopias

Lavar as mãos é a principal recomendação da OMS para prevenção da COVID-19 e demais doenças, mas a falta de acesso à água coloca milhares de brasileiros em risco de contaminação todos os dias.

A campanha #UmaMãoLavaOutra, é uma ação para instalação de lavatórios comunitários em regiões periféricas de todo o país, permitindo que mais de 120 mil pessoas possam higienizar as mãos todos os dias.
Possui acionamento seguro de água ligada à rede de abastecimento (pública ou através de parceiros locais) e dispenser com sabão para higienização das mãos.

Quando surgiu a demanda para instalação de lavatórios comunitários buscamos uma solução diferenciada, durável e que utilizasse materiais locais. Assim, projetamos a “Ecopia”, uma solução com pneu “sucata”, rodas de carro e tubos e conexões de aço reciclado.

Reutilizamos pneus deixados em borracharias ou destinados ao Ecoponto já sobrecarregado, estimulando assim a reciclagem e destinação correta do mesmo. Quanto ao design, se trata de um trabalho único e diferenciado com a releitura da nossa marca (inspirada em um ninho de vespas, buscamos representação de abrigo na natureza) no
modelo colorido e atendendo às normativas do patrimônio histórico no modelo em ouro velho.

Em duas ocasiões, ao fim da instalação em dois pontos diferentes na cidade de São João Del Rei, fomos surpreendidas com senhores idosos que trabalham com reciclagem. Ambos inauguraram as Ecopias e reconheceram o valor dessa ação.

A cada nova pia instalada surgia um pedido de um morador para colocar também em uma outra localidade, e assim foram 18 pias instaladas em São João del Rei (14), Ijací (2) e Lavras (2).

Alto do Presépio – São João Del Rei

Praça Pref. Elias Antônio Filho – Ijací

CMEI Maria Olímpia – Lavras
Estação Ferroviária – São João Del Rei

Encontre a pia comunitária mais próxima de você!

Fonte: Relatório Anual 2020 Habitat para a Humanidade Brasil.

Mais notícias

“Cada casa, um lar”, acompanhe esse projeto

É com grande entusiasmo que apresentamos esse projeto, uma iniciativa reforçada pelo CAU/MG conforme edital de chamado público N.º 002/2023, modalidade assistência técnica para habitações de interesse social “Moradia digna, um direito seu”.Proposta pelo Projeto Social CAC e pela arquiteta Amanda de Almeida Carvalho, com execução da equipe dos Arquitetas Nômades, o projeto visa atender famílias de baixa renda afetadas por desastres causados ​​pelas chuvas, pela COVID-19 e outras vulnerabilidades, incluindo idosos, pessoas com deficiência , acamados, gestantes, crianças pequenas, vítimas de violência e famílias sem fonte de renda. Arquitetos e estudantes interessados ​​no ATHIS foram convidados a participar das atividades e da capacitação de gestores públicos em Santa Cruz de Minas e São João Del Rei, juntamente com a equipe do CAC e das Arquitetas Nômades, com o objetivo de promover moradias dignas e seguras para todos. Inscrições e participação A divulgação do projeto para comunidade de estudantes e arquitetos foi realizada por meio de nossas redes sociais, ficando aberta de setembro de 2023 a abril de 2024. Os 12 inscritos, entre alunos e profissionais de arquitetura participaram de várias etapas desde visitas, elaboração do projeto , acompanhamento execução da obra e oficina de capacitação.  Veja abaixo um dos projetos desenvolvidos por uma das arquitetas escritas 🏡💫 Oficinas  Os escritórios são um espaço onde estudantes, arquitetos e moradores se unem para aprender o ofício juntos, colocando literalmente as mãos na massa sob orientação de profissionais. Foram realizados escritórios de telhado, reboco, alvenaria e pintura. Confira algumas delas abaixo: Clique nas imagens abaixo para assistir aos vídeos 💪🏠 Clique para ver a oficina de reboco com a moradora Soraia A capacitação em ATHIS para gestores e servidores públicos de São João Del Rei e Santa Cruz de Minas a fim de contribuições o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e inclusivas na área de habitação ocorrerá no mês de maio de forma presencial. Clique nas imagens abaixo para assistir aos vídeos

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Guia comunitário Moradia e Patrimônio

Guia comunitário Moradia e Patrimônio Na última newsletter falmos sobre a relação entre moradia digna e patrimônio cultural nas cidades históricas de Ouro Preto e São João del Rei. Vejam agora o desenrolar dos projetos “Guia para moradores do centro histórico e entorno” da A3EM e do projeto da Projeto Social Criança, Atleta, Cidadã (CAC) , com apoio do CAU/MG. Ouro Preto Foram 2 meses de encontros on-line e presenciais com moradores e estudantes e profissionais de arquitetura para adquirir informações e traduzir em guia didático de patrimônio e habitação para Ouro Preto .Organizado pela arquiteta Ângela Poletto os temas trabalhados foram das diretrizes de tombamento, aprovação e regularização , ATHIS até as patologias e áreas de risco . Veja um resumo da introdução ao projeto abaixo: Assista ao vídeo São João del Rei Além das oficinas on-line para os estudantes e profissionais de arquitetura, aqui tivemos oficinas lúdicas com as crianças do Projeto Social CAC🏠✍️🎨🎬🎭Através do olhar delas estamos redescobrimos o patrimônio cultural da nossa cidade e como  levar para os moradores 🌟 Os participantes propuseram e acompanharam as oficinas: Assista ao vídeo O resultado foi impressionate . Veja na íntegra os guias comunitários produzidos e entregues presencialmente nas comunidades: Baixe aqui Baixe aqui

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Moradia digna e Patrimônio : o que tem a ver?

Moradia digna e Patrimônio : o que tem a ver? A relação entre moradia digna e patrimônio nas cidades de São João Del Rei e Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, reflete uma interação complexa e multifacetada. Como podemos garantir moradia digna enquanto preservamos nosso legado histórico e cultural? Nesta newsletter, exploramos essa interseção desafiadora e as iniciativas em andamento para enfrentar essa questão. Duas Cidades de Histórias e Desafios No período da exploração aurífera , São João Del Rei experimentou um crescimento significativo, resultando em um legado de arquitetura colonial, eclética, proto-moderna e art-déco. Esta riqueza arquitetônica, reconhecida e protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, constitui um valioso patrimônio cultural e histórico. Ao mesmo tempo, com o declínio do ciclo do ouro e a transformação de São João Del Rei em um entreposto comercial, houve um desenvolvimento urbano que se estendeu para além do núcleo histórico, especialmente nas áreas periféricas. Reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO, Ouro Preto é um retrato da diversidade de regimes de tombamento sob diretrizes diversas que muitas vezes confundem os cidadãos que nela residem. A desigualdade socioeconômica entre os moradores das distintas áreas de proteção adiciona outra camada a este panorama, influenciando diretamente no acesso à informação e nos serviços de adequação residencial. O Crescimento e a Necessidade de Moradia A partir dos anos 1970, São João del Tei começou a receber um fluxo de migrantes das zonas rurais e cidades vizinhas, resultando na formação de periferias como o Bonfim, Guarda-Mor, Senhor dos Montes, São Geraldo, São Dimas, entre outros. Estas áreas, muitas vezes desprovidas de infraestrutura e serviços urbanos adequados, refletem um desafio contemporâneo: como proporcionar moradia digna enquanto se preserva o rico patrimônio cultural e histórico. A cidade, portanto, enfrenta o desafio de equilibrar a preservação do patrimônio com a necessidade de expansão urbana e moradia acessível. As políticas de preservação, como as estabelecidas pelo CMPPC e pelo Plano Diretor, são essenciais para proteger o patrimônio histórico, mas também precisam ser integradas com estratégias para promover o desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo. À sombra da Serra de Ouro Preto, nos bairros a oeste, reside uma população densa e diversa, que encara a precariedade habitacional frente a um cenário de patrimônio cultural rigorosamente protegido. A necessidade de moradia digna não é apenas um anseio, mas uma demanda urgente, sobretudo nas áreas de Área de proteção (AP 01), onde a preservação e a vida cotidiana devem encontrar um equilíbrio sustentável.Projetos Inovadores em Ação O envolvimento da comunidade local é crucial neste processo. Projetos que visam integrar a população residente na preservação do patrimônio, ao mesmo tempo que abordam suas necessidades de moradia, podem ajudar a criar uma conexão mais profunda entre os moradores e seu patrimônio cultural. A educação patrimonial, particularmente entre as crianças e jovens, é um aspecto fundamental para fomentar uma apreciação pelo patrimônio histórico e cultural e para a formação de uma identidade cultural coletiva. Estamos enfrentando esse desafio de frente, com o apoio de dois editais de patrocínio do CAU/MG para o ano de 2023.  O primeiro, focado em Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS), é intitulado “Moradia Digna, um direito seu” e o segundo edital é dedicado ao Patrimônio Cultural.Guias didáticos, elaborados pela comunidade e para a comunidade, visam simplificar as diretrizes de tombamento e incentivar a participação popular no processo de preservação. Estes esforços buscam não apenas proteger, mas também empoderar os residentes, dando-lhes as ferramentas para que sejam protagonistas na proteção e valorização do seu entorno histórico. Edital de Patrimônio Cultural As cidades históricas de Ouro Preto e São João Del Rei receberam iniciativas para a preservação do patrimônio cultural e a educação da comunidade, com a execução da Arquitetas Nômades e patrocínio do CAU/MG na modalidade Patrimônio Cultural.O projeto “Guia para moradores do centro histórico e entorno” em Ouro Preto da  A3EM focou em capacitar profissionais, estudantes e moradores sobre como preservar e melhorar habitações em áreas tombadas, abrangendo a área do Morro da Queimada . Em São João del Rei, o projeto da Projeto Social Criança, Atleta, Cidadã (CAC) teve como diferencial as oficinas com crianças do projeto. Ambos os projetos engajam  estudantes e profissionais de arquitetura, engenharia civil e áreas afins, em atividades que incluíram oficinas didáticas e orientação à comunidade. Encontros virtuais Em Ouro Preto os encontros preparatórios ocorreram da seguinte forma Em São João del Rei os encontros online tiveras os temas: 1-Abertura do Projeto – apresentação e explicação geral Gestão do Patrimônio Cultural (Convidada : Nathalia Larsen – Presidente do CMPPC)2- Guia dos Bens Edificados e Mapa do Patrimônio (Convidadas: Ana Raposo -antiga Diretora de Cultura e Gerente de Planejamento na Prefeitura de São João del-Rei; Lia Lombardi – diretora da Igarapé Produtora, estando à frente do projeto “Mapa do Patrimônio”)3- Diretrizes do Conselho Municipal de Preservação ao Patrimônio Cultural e aprovação de projetos no IPHAN. (Convidados: Raymara Gama – ETSJ IPHAN; Roberto Miranda – Arquiteto da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de SJDR, cedido ao CMPPC)4- Direito e Patrimônio Cultural (Convidado: Carlos Magno de Souza Paiva- Um dos escritores do Manual para quem vive em casas tombadas) Ficou curioso? Além do link do livro acima conheça um pouco mais das iniciativas que foram referência para esse projeto: Conheça o Mapa do PatrimônioBaixe o Guia de bens Edificados de São João del Rei

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